Estado "cresceu de forma desmesurada"

O Estado português cresceu "de forma desmesurada", tornando indispensáveis reformas estruturais, considerou hoje o secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, Carlos Moedas.
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"O Estado cresceu de forma desmesurada, atingindo níveis de custo e emprego desadequados à capacidade da nossa economia, e ainda por cima com níveis de eficácia longe do desejável", disse Moedas durante um almoço com empresários organizado pela Câmara de Comércio Luso-Espanhola.

O secretário de Estado lamentou que a análise do programa da 'troika' se concentre apenas no impacto das medidas de austeridade, ignorando o impacto das reformas estruturais. Uma dessas reformas consiste em "reforçar o rigor orçamental".

Uma das reformas que Moedas defende é a criação de "regras supranacionais de controlo do orçamento e dos níveis de endividamento": "Numa união económica e monetária, uma decisão errada de política orçamental de dado país implica custos reais e concretos de outros países."

Da mesma forma, "os problemas de competitividade de um país podem e têm afetado a zona euro, o mercado único e a União Europeia como um todo", acrescentou Moedas, rejeitando também as "reformas encapotadas de protecionismo".

Perante uma plateia de empresários portugueses e espanhóis, Moedas frisou a necessidade de resistir "à tentação do protecionismo": "A resposta para sair da crise passa por criar uma economia cada vez mais aberta e sem restrições."

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